terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Epistolaridade

Se eu não digo
é a preguiça
se o impulso rouba,
eu falo

Não se pede muito da palavra.
Murmurando o silêncio,
fuga epistolar.

Roubando suspiros daquela sala
roubei pra mim,
ditos.
Ditados que diziam:
não volto mais.

Porquê não quero mais
nem a formosa voz
seca, roxa, pura, espaçosa voz...
nem por esta, voltasse atrás.

Foi a voz
que disse no sussurro: adeus!

Rocou toda formosura do sorriso
dos ditados da outra voz.

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