sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fátima - personagem 2.

Fátima, 32 anos, jornalista e ativista. Cabelos curtos e lisos, pretos. Sorriso grande, boca rosa. Tatuagens secretas.
Descobriu recentemente uma doença falta. Imediatamente mergulha em uma profunda montanha de emoções. Melancolicamente intercala depressão com a aceitação, e incompreensão logo em seguida.
Magra como uma folha e pálida no mesmo nível. Sorriso de quem é frágil. Olhar de quem não quer enxergar mais nada.

A partir disso começa uma luta com a vida. Com suas emoções, instáveis, fica de vai-e-vem com a vontade de viver. E mesmo perdendo o apreço a vida insistia...
Meu coração batia dentro dos meus ouvidos.
Ele chegou na minha frente e disse:

- Eu estou aqui e vou arrancar sua alma pela boca, agora.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Agora me lembro quem eu sou.

Eu só busco o sol quando há sol. E se estiver nublado, eu danço na chuva.

domingo, 19 de setembro de 2010

A poesia pode te salvar - Domingo ainda é um dia inoportuno.

André é um cara inofensivo. Apesar de tudo é inofensivo.
O relógio desperta seis e vinte. Nunca foi tão difícil acordar tão cedo. Tudo o que escreveu ontem está no chão. Algumas folhas estão sujas de café, a casa cheira a cigarro. Ainda mantém o mesmo discurso sobre a inutilidade do amor, ou de andar, dormir ou comer cereal matinal.
"Vou voltar para a cama". Dois dias, três, quatro, trancado em casa almoçando ervilha. "A descarga entupiu, jogo tudo pela janela".

André sabe escrever, beber e dormir. Sabe muito e nada sobre o amor. Rejeita a luz do dia, da lâmpada e sabonete.
Domingo é um dia inoportuno. Segunda, quarta, quinta, sexta e sábado também.
Terça não. Na terça ela aparece na janela, fuma um cigarro e André consegue desenhar no papel cada poro do seu mamilo.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quando acordo, ou chego em casa, me parece que você está aqui, em algum lugar. As vezes me pego te procurando.

sábado, 21 de agosto de 2010

P.S.

A fotografia não mente.
Eu queria que o dia inteiro fosse os quinze minutos que eu vejo seu sorriso ao anoitecer.
Essa manhã bonita na minha varanda está me fazendo saudade de você.


E eu que nem sei como é que se ama.
Acho que é assim,
querendo contar cada poro do seu corpo, todos os dias.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Efeito meio-amargo

do jeito que as postagens estão, está a cabeça. meio vazia, espalhada. palavras com sentido não dizendo nada. tudo longe, separado, sem juntar, esquentar, aconchegar leitura.
textos sem simbologia, sem porquê, sem sentido, iludido. mas tudo bonito sem virgula acento junção compromisso explicação coerência. mas tudo bonito.
alívio depois de escrito, porque aliviou o peso, vomitou sem medo. rimas não. escrevia porque se ficar dói.

não sinto nem cheiro nada



não preciso de virgula, agora eu quero é ponto final. cabeçalho, folha nova e data de hoje. o hoje nasceu mais piegas e colorido do que nunca. e o amanhã é tão cego quanto minha felicidade. maldito sorriso, me pego sendo feliz. isso tudo é nó. 


me pego desejando sofrer minha arte apática que ninguém admira ou conhece. me pego escrevendo frases curtas de ponto final. como se sentisse saudade do desassossego. me pego no ir e vir. 
posso tudo quando escrevo: posso ser pessoa e ponto final. odeio virgulas. adoro despedidas. 
gosto e desgosto de tudo o tempo todo. finjo que escrevo e que ser ler.


Mas o silencio é mais bonito agora.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A esperança é uma bênção desgraçada!

não consigo evitar de ser a pessoa mais feliz do mundo nesses últimos dias.
não quero! evito!
mas sou... estou.

efusivo demais.
piegas
mas é... estou.

o entusiasmo percorre
cada descarado sorriso, insuportavelmente delicioso.
desesperadamente grande.

quase afogo,

quarta-feira, 2 de junho de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Me afirmando

O leve é tão pesado quanto uma folha desidratada seca. Vivo de inventar amores com dores para ter do que viver, desfatigar, um saco.
Mas não tem nada. Não sei. A ignorância é a coisa mais linda que existe, mas agoniante. Não tem nada.
Preciso de uma mochila, uns livro, ver os filmes certos. Fazer o vestibular no lugar certo e ganhar muito dinheiro pra manter tudo isso. Só não quero continuar me sentindo falida. Deus é tudo o que resta.
Fico de vai e vem com a felicidade toda hora, não sou forte. Mas sou firme.

E por ai vai...

domingo, 14 de março de 2010

Fazer é mais fácil do que acreditar.

E é por isso que eu só volto depois de pronto.