sábado, 7 de novembro de 2009

Se completo é algo que já não há... não aceito a inquietação. Decidi que todas as teorias são inúteis. Falo-me a mim mesma o tempo todo, afinal, alguém precisa me orientar.
Sinto um vago receio prematuro. Estou hoje, Camilo Pessanha da cabeça aos pés. Não sou nada tão quanto os Nefelibatas, mas hoje sou pessoa imaginária. Amanhã estarei no chão. Espero que não chova. Vou a medo na aresta do futuro, embebido em saudade do passado. Saudade do presente. Sou perseguido pelo remorso da saudade. Sem isso o coração é quase nada.

Saudade é um sinal de que a memória funciona diretamente ingrata com o coração.